VILLA ALLENDE, Córdoba, Argentina – Um começo dos sonhos de birdie-birdie-birdie-birdie-par-birdie em um campo complicado por conta da chuva que caiu o dia todo impulsionou o cordobês Paulo Pinto ao topo do placar na primeira rodada do 88º Abierto OSDE del Centro presentado por FiberCorp | Telecom.

O local que mora a poucas quadras do Córdoba Golf Club, onde começou no golfe como caddie quando tinha 10 anos, chegou ao tee do 1 tão nervoso como a primeira vez que jogou este evento. “No começo do dia eu estava tremendo de nervoso por ser local. É muito bom (jogar este evento), sempre é como se fosse a primeira vez”, admitiu o jogador de 39 anos cuja grande volta de 7 abaixo do par (64) sem bogeys incluiu outros dois birdies nos buracos 12 e 14.

O segundo melhor score entre os 77 competidores que conseguiram terminar antes do jogo ser suspenso por falta de luz foi o de Matt Hutchins. O americano fez birdies em três dos seus quatro primeiros buracos para uma volta de 5 abaixo do par (66) que incluiu apenas um bogey.

O canadense Sebastian Szirmak jogou 68 para ser o terceiro enquanto que o argentino Tommy Cocha jogou 69 para ficar na quarta colocação deste segundo evento do Zurich Argentina Swing. Empatado com Cocha em 2 abaixo do par mas ainda com nove buracos por jogar, aparecem os americanos John Somers, Rohan Ramnath e Chris Korte.

Com o campo bastante molhado desde quarta-feira, quando o Pro-Am teve que ser cancelado por conta da chuva e do perigo de raios, a rodada desta quinta-feira começou com um atraso de uma hora. Por conta das condições do campo os jogadores puderam levantar a bola nos fairways. O atraso impediu que 66 jogadores completasse a volta, que foi suspensa por falta de luz por volta das 18h15min.

Não foi uma surpresa ver Pinto começar este evento como fez hoje. Em 2017 entregou um cartão de 6 abaixo do par (65) para liderar uma edição na qual terminou empatado no segundo lugar. Aquele foi seu melhor resultado neste campeonato que faz parte do calendário do PGA TOUR Latinoamérica desde 2013.

“Comecei muito bem nos primeiros quatro buracos e isso me deu tranquilidade e confiança sobre os greens”, disse Pinto, que nesta parte deixou dada das 40 jardas no par 5 do 2 e embocou um putt de oito metros no 4. “Tendo a chance de colocar a bola e sabendo que sobre o green eu poderia embocar, me senti confiante.”

No 11, um demandante par 4 de 441 jardas em subida que foi o buraco mais difícil do campo, salvou um par determinante para conseguir uma volta sem bogeys. Depois de errar seu tiro de saída para a esquerda, limpou bem e das 44 jardas fez approach e putt.

Profissional desde 2003, Pinto ganhou na sua carreira títulos no Brasil Argentina, Chile e Venezuela e esta semana está jogando seu 50º torneio no PGA TOUR Latinoamérica. Esta é sua sexta temporada no Tour onde ganhou status depois de empatar em 25º lugar no Torneio de Classificação que foi disputado no início do ano em Buenos Aires.

“Acho que o fundamental será a paciência e me divertir porque estou em casa”, disse sobre o que precisa para manter um bom ritmo no restante da semana em um campo onde treina e ocasionalmente também dá aulas.

Outros cordobeses famosos estiveram longe de um bom começo. Tano Goya começou fazendo bogey-bogey-double-bogey para jogar 77 (+6) e Ángel Cabrera fez dois double-bogeys e cinco bogeys para um 78 (+7). “Uma pena!” exclamou o Pto. “Foi um dia ruim, com um clima muito ruim e não bati nada bem na bola.”